A busca pelo corpo perfeito não é novidade entre homens e mulheres, mas o que dizer sobre crianças que não suportam a própria aparência? Pesquisa realizada pela Central YMCA com 810 jovens constatou que metade das meninas e um terço dos meninos, com idades entre 11 e 16 anos, estão dispostos a tomar medidas extremas, como recorrer a cirurgias plásticas ou tomar remédios, para modificar a aparência ou atingir o peso considerado ideal.

Quando questionados sobre os corpos das pessoas que veem na TV, os jovens pesquisados revelaram que o ideal de beleza está distante do que é refletido no espelho. Metade das meninas e um terço dos meninos disseram que se submeteriam a uma cirurgia plástica para chegar mais perto do corpo dos sonhos.
Diretor executivo da Central YMCA, Rosi Prescott disse ao jornal britânico Daily Mail que “o estudo mostra o quanto os jovens estão inseguros sobre a aparência e imagem corporal. Há uma tendência crescente entre eles em recorrer a soluções rápidas, o que aumenta os riscos à saúde. A pressão para que eles obedeçam a uma imagem corporal inatingível e fora da realidade é a raiz de todo esse problema”.
Há alguns meses, o Instituto de Saúde Infantil da Universidade de Londres (UCL) publicou estudo revelando que centenas de crianças britânicas de cinco a sete anos foram tratadas com anorexia, distúrbio alimentar em que a pessoa não come. A pesquisa compilou números de 35 hospitais públicos e revelou que, na faixa etária de 5 a 15 anos, os números sobem para 2 mil crianças já tratadas com o problema.
Os pesquisadores calculam que três em cada 100 mil crianças até 13 anos sofrem com transtornos alimentares no Reino Unido e na Irlanda. Os cientistas acreditam que este número seja maior, já que alguns centros de saúde não disponibilizaram seus dados.